Os amiguinhos asados

2022-08-28

Os papagaios são tão fofinhos.

Novo meses em Portugal ensinou-me uma coisa: nunca comer comida ao lado dos pássaros. Para aprender profundamente esta lição,custam-me duas porções de batata frita, quatro bolachas e inúmeros pães distribuídos pela cantina. Um segundo atrás, eu estava a gozar a minha refeição ao ar livre que teria sido muito agradável. Um momento depois, uma sombra lançou-se e a comida não estava mais lá.

Os pombos andavam como se fossem reis epríncipes. Eles eram bem alimentados pelos peões e ainda arrombavam tudo que viampelo caminho.

Um dia, quando eu estava a entrar a nossaresidência universitária, senti um olhar que veio de cima. Ao levantar o meucabeça, vi-o, permanecendo ali em pé com todo o orgulho. A gaivota lembrou-medos generais em chefe que se apresentam uniformizadas para reverem as tropas depassagem.

Eramainda mais interessantes os pássaros na Estufa Fria do Parque Eduardo VII, ondeos pombos eram de menos agressividade por causa da existência dos pavões,elegantes e bonitos, passeando por todos os lados como uma rainha a exibir oseu vestido novo.

Mesmo as flores copiam pelos seus colegaspenados.

Não é preciso de fazer muito para saber que ospássaros querem superiorizar-se aos seres humanos. Entre todos os lugares aficar de pé, eles escolhem, com uma insistência difícil a perceber, as cabeçasdas pessoas…

Como resultado, os sábios parecem os papéisdos desenhos animados de Disney.

E as deusas parecem as raparigas ocupada comos trabalhos camponeses, dando de comer aos frangos.

Os pássaros não têm medo nenhum. Corajososdemais, na verdade. Talvez devamos aparar-lhes as asas. Há sempre os indivíduos que não precisam de pagar os seus voos.

Às vezes são doces e gentis, às vezes são ladrões e arrombadores. Os pássaros são elfinhos do meio ambiente e lembram-nos do que perdemos quase.